Durante a guerra épica entre os consoles no início dos anos 90, SEGA e a Nintendo usavam todas as armas em seu arsenal para se gabar. Qualquer característica ou técnica que era vista como vantagem, se transformava rapidamente em estratégia de marketing. Quando o Sonic entrou para briga, a SEGA ganhou a fama de que o console era capaz de fazer as coisas mais rápidas que seus competidor.
Algo disso é baseado no fato do processador dos consoles. Enquanto o Mega Drive e o Genesis funcionavam a 7,6 MHz com o Motorola 68000, o SNES tinha uma velocidade de CPU de 3,58 MHz, com o Ricoh 5A22.
Apesar disso, consoles são vendidos com palavras de efeito e não com especificações. Uma técnica utilizada pela Sega consistia em armazenar o que seria exibido na tela em uma fila, enquanto a leitura do cartucho era realizada. Isso foi explorado em suas propagandas e gerou a expressão “Blast Processing” (explosão de processamento).
Contudo, o desenvolvedor de Software Jeff Peters, que trabalhou em vários jogos do SNES, disse que seu estúdio usava uma técnica semelhante antes que a Sega se apropriasse da expressão. Ao invés de utilizar a explosão de processamento para os gráficos, era usado para gerenciar os sons.
Quando foram realizar a adaptação do Mortal Kombat para o SNES, a Sculptured Software enfrentou um grande problema. A quantidade de gráficos a serem processadas seria um limitador para os sons do jogo. Para superar esta questão, Jeff e sua equipe desenvolveram um sistema que permitida a leitura dos sons que estavam gravados no cartucho e os deixavam em espera para serem utilizados em uma fila (buffer).
Uma técnica interessante que permitia os consoles processarem mais do que seriam capaz. Hoje em dia muito se diz sobre Teraflops e velocidade de leituras de SDD. A escala é outra, mas as companhias ainda tentam ganhar seu público por especificações técnicas e frases de efeito. Independente da empresa que goste, permita-se conhecer outros jogos e aproveitar o que cada uma tem para oferecer.