Desde que os curta-metragens de Pikmin foram revelados, Shigeru Miyamoto é sempre perguntado por eles nas entrevistas em que dá, e não foi diferente em sua entrevista ao Telegraph. Nessa entrevista, Miyamoto revelou que não se vê como um contador de histórias, mas sim como um criador de um mundo diferente, o mundo os videogames, onde quem cria sua própria história é o jogador.
Miyamoto explicou que nunca pensou em jogos como uma forma contar histórias, e sempre que as pessoas se aproximavam dele para perguntar porque ele não fazia um filme, isso nunca o interessou.
Nossa subsidiária americana estava distribuindo nossas licenças para todos os lados, e tivemos que pará-los. Mas depois, pensei: se isso acontecer novamente, eu quero estar mais envolvido nisso.
Miyamoto contou também que para ele, os jogos são algo completamente diferente do cinema e que ele se preocupa quando vê produtores e desenvolvedores querendo criar jogos com experiência parecidas com filmes.
Os jovens desenvolvedores querem ser reconhecidos. Querem contar histórias que toquem os corações das pessoas. E, apesar de entender esse desejo, essa é uma tendência
que me preocupa. A experiência do jogo é o que deve tocar o coração das pessoas. Eu luto para que o jogador seja o criador de sua própria história. Quero os ajudar quando eles jogam, para eles sentirem que estão fazendo algo que somente eles podem fazer.
Ele também foi questionado se há algo que a indústria de games tem para aprender com a indústria do cinema.
Quando você está jogando, você está em um momento onde só você pode comandar seu personagem e de repente, você se sente no mundo do jogo. Isso é algo que você não pode experimentar nem no cinema e nem na literatura. É uma experiência completamente única.
