Temos na Prévia de hoje um jogo independente. Tão independente que na página do Facebook do jogo é possível encontrar um pedido de ajuda para qualquer colaborador que se disponha a traduzir a descrição dele (para divulgação) para Espanhol e Português.
AeternoBlade é jogo sidescrolling de ação em 3D da Corecell Technology. Houve uma tentativa de financiado coletivo, mas não foi atingida nenhuma marca… Ainda sim, o jogo foi finalizado com sucesso, mas apenas para o 3DS. Ele seria lançado no dia 14 desse mês, e a data ainda consta em algumas páginas dedicadas a videogame, mas devido a um problema no envio do jogo para a Nintendo, o lançamento foi adiado e uma nova data ainda ainda não foi divulgada, mesmo o jogo já pronto. Estará disponível apenas via eShop.
Enredo:
É mais um jogo com temática num mundo de fantasia com inspiração medieval. Mas nós nunca nos cansamos disso, não é mesmo? Ao que parece, porém, não teremos uma grande exploração desse mundo, nos fazendo presumir que em grande parte ele não traz muita originalidade em termos de universo fictício. Mas ainda assim possui alguns elementos (alguns próprios e outros não) bem interessantes.
Mas vamos falar primeiro do protagonista e sua motivação para embarcar numa aventura cortando demônios com sua espada mais que especial. Ou melhor, da protagonista. Sim, quem chuta a bunda dos inimigos nesse jogo é Freyja, uma guerreira originária da vila de Ridgeroad, em busca de vingança (como mostra o “Endless Vengeance” na logo do jogo). Mas para entender a vingança, primeiro precisamos entender o vilão do jogo.
Beladim, conhecido como Dark Lord of the Mist, ou simplificando Lord of Mist (“Senhor da Névoa” ao pé da letra), lidera uma horda maligna de demônios. Antes que você se pergunte de onde isso veio, a própria divulgação do jogo aponta sua origem como desconhecida, o que talvez seja um elemento de enredo a ser explorado no próprio jogo. Histórias dizem que ele pode ter aniquilado mais de uma vez civilizações humanas, o que diz que ele não é qualquer um, e também é considerado imortal. Bom, ele basicamente não pode ser facilmente parado…
Dessa vez, Beladim e seu exército atacaram o reino de Awelsia e, no processo, destruiu várias vilas. Uma dessas foi justamente a vila de Ridgeroad, que não só foi completamente queimada como teve todos seus habitantes mortos. Isso é, todos, menos uma pessoa… que é obviamente Freyja, protetora da vila. E ela fazia do dever de proteger a vila uma grande devoção. Quando o ataque aconteceu, mesmo ela tendo sobrevivido, foi como se tudo aquilo pelo qual ela tivesse vivido fosse completamente destruído. Como qualquer guerreiro em uma história de fantasia, ela então parte numa jornada em busca de vingança contra Beladim.
Claro que não é tudo simples assim. Afinal, como destruir uma criatura maligna imortal? Isso é algo que Freyja terá que descobrir durante sua jornada por diferentes mundos. Além disso, ela terá que descobrir tudo o que a Aeterno Blade pode fazer. Essa é uma espada que um homem misterioso lhe deu nos seus últimos momentos de vida, e que Freyja imaginava ser uma espada comum até aparecer bruxa chamada Vernia que lhe ajuda e conta sobre o poder especial da espada: manipulação do tempo (explicarei melhor ao falar do gameplay). Vernia diz que vai ajudar Freyja por ter sofrido um destino semelhante ao seu e precisa de alguém para lutar contra Beladim, mas maiores detalhes sobre a personagem permanecem um mistério, inclusive para Freyja, que terá que descobrir isso também.
Existem ainda outros personagens e algumas coisas da mitologia do universo que eu não vou entrar em detalhes para não me alongar. O que se pode esperar de tudo, é que o universo de AeternoBlade não seja a coisa mais rica do mundo, mas parece estar num nível satisfatório. Aparentemente, os mistérios a serem resolvidos estão mais ligados à trama, a origem dos personagens e coisas do tipo, como a origem dos países ou dos mundos pelos quais Freyja viaja. Claro que por ser um jogo de ação, para a maioria do público a história deveria ficar em segundo plano em relação a jogabilidade, mas ainda assim essas coisas podem deixar um jogo mais interessante.
Jogabilidade:
Ok, mas o que esperar da jogabilidade? Além do trailer do jogo, está disponível na eShop uma demo para qualquer um baixar e jogar. Eu não pretendo fazer uma análise da demo por 2 motivos: 1) não é o objetivo do post; 2) algumas questões técnicas (como tela de loading) podem sair diferentes na versão final. Ainda assim, nos mostra bem como será uma boa parte da experiência do jogo.
AeternoBlade é comparado com outros jogos, mas principalmente com a série clássica Castlevania. Essa comparação é feita tanto pelos produtores que admitiram ser uma inspiração para os jogadores que estão aguardando pelo lançamento. Então, eu basicamente queria dizer que… sim, a comparação faz bastante sentido.
Nesse sidescrolling, em cada fase você transita entre áreas e pode voltar normalmente para a área anterior. Aparentemente, para acessar certos caminhos será necessário que o jogador, como diz o linguajar popular da internet, “manje dos paranauê”. Mas não dá pra dizer se encontraremos puzzles complicados, mas por ser um jogo voltado para a ação, espera-se que no máximo coisas simples de se perceber mas com dificuldades de se executar.
As ações são simples, e aliadas a um controle fácil, é mais provável que ao longo da experiência de jogo, o jogador ache tudo bastante intuitivo e se adapte facilmente ao jogo. Freyja basicamente anda, pula, ataca e ativa os poderes especiais da Aeterno Blade. No menu de skills, é possível visualizar a ordem de botões necessárias para apertar para utilizar a skill. É como fazer um combo num jogo de luta, e por ter o mesmo princípio, é mais provável que jogadores familiarizados com isso tenham mais facilidade para controlar esses combos, enquanto outros provavelmente farão esse tipo de coisa de forma mais acidental. Claro que também poderemos esperar sempre algum boss demoníaco nas fases (em termos de aparência ou história, não de dificuldade).
Além disso, será necessário “upar” a Freyja, bem como suas skills, no decorrer do jogo. Isso deve garantir um certo equilíbrio em relação ao avanço da dificuldade conforme o jogo avança. Também será preciso liberar novos poderes para a Aeterno Blade aos poucos, conseguindo certos ítens em alguns lugares das fases. Dessa forma, tipos diferentes de poderes envolvendo manipulação do tempo são gradualmente liberados. A demo deixou a impressão que todos os poderes têm como base voltar no tempo, mas ainda não dá pra dizer se não há pelo menos um que envolva avançar no tempo. Voltar no tempo, nesse caso, pode ser antes daquele objeto sair do lugar, aquele inimigo ir pra cima de você, etc. Certas coisas que são irradiadas por uma luz verde são imunes a esse tipo de magia.
Há coisas que não estão confirmadas, mas que é possível especular. Por exemplo, no site do jogo aparece um personagem chamado Zevil que é um mercador. Isso dá a entender que será possível comprar/vender ítens, mas sinceramente não espero uma variação muito grande. Falando em ítens, é possível montar 2 sets diferentes de 3 ítens cada, para alternar quais ítens você quer manter equipados. Isso talvez mude a forma de jogar conforme seus equips, mas sinceramente não acho que seja possível esperar alguma diferença tão significante nesse quesito.
Expectativa:
Não promete ser um jogo grande. Provavelmente não renderá tantas horas de gameplay, e se não tiver um modo de jogo novo, possivelmente o fator replay não terá muitos atrativos. Mas ainda assim eu sou capaz de apostar que esse será um bom jogo. Pelo que foi divulgado até agora, fãs do estilo, mesmo que não achem o jogo sensacional, ainda serão agraciados com uma boa diversão. Em geral, jogos independentes são baratos, e quando apresentam uma qualidade, compensam e muito pelo custo/benefício, mesmo que não sejam muito grandes. Claro, é possível que ao ser lançado, o tamanho dele acabe surpreendendo, mas ao que parece ficaremos por isso mesmo. Ainda assim, ele parece ter suporte de uma boa trama, já que os mistérios da trama parecem ajudar a formar uma boa história. Claro, a promessa de uma jogabilidade que permanece constantemente boa também ajuda.
Expectativa Geral – 7,8/10