A saga Assassin’s Creed
O primeiro jogo da franquia foi lançado em 2007 e de lá pra cá tantos outros já surgiram, de modo que não dá pra falar do próximo lançamento sem falar do que já existe na franquia. No entanto, o foco agora são os jogos principais (sem spin-offs) e sem entrar em muitos detalhes para não estragar a diversão de quem ainda não jogou e gosta de acompanhar os enredos.
Basicamente Assassin’s Creed se trata de jogos de Ação/Aventura em terceira pessoa com elementos de Stealth jogado em mundo aberto a maior parte do tempo. A história começa em 2012 (onde se passa o primeiro jogo da franquia) onde um barman chamado Desmond Miles é sequestrado e mantido em cativeiro nas Indústrias Abstergo. Desmond é na verdade descendente de uma longa linhagem de membros da Ordem dos Assassinos (inspirada na ordem que existiu na vida real) e na Abstergo ele é forçado a usar o Animus, uma espécie de máquina que se conecta com sua memória genética (Que no jogo consiste em memórias de ancestrais contidas no dna) e faz com que Desmond reviva o que os seus antepassados viveram para conseguir informações preciosas.
Cada jogo é focado em um antepassado de Desmond, que é onde de fato acontece a maior parte da ação. Além disso, existe a presença de uma organização rival a dos assassinos, a Ordem dos Templários, e as duas irmandades lutaram uma contra a outra em vários momentos da história. Como em cada jogo muda o antepassado de Desmond que você controla, em cada um deles você passa por momentos históricos diferentes. Também estão presentes em cada jogo diversas personalidades históricas importantes que possuem em maior ou menor grau alguma relação com o enredo, como Leonardo da Vinci, George Washington e tantos outros.
A jogabilidade em si foi sendo aprimorada e novos elementos surgindo conforme os jogos foram sendo lançados, mas basicamente desde o primeiro jogo o assassino pode se camuflar em meio às pessoas ou se esconder para não ser perseguido. É interessante notar que não matar inocentes e agir com discrição é um dos princípios da Ordem dos Assassinos e se durante o gameplay você desobedecer uma dessas regras, pode ter que voltar para o ponto onde foi salvo anteriormente. Também é muito característico da série as escaladas de prédios que é possível fazer, já que os assassinos parecem não apenas lutar muito bem como são especialistas em parkour desde a Idade Média…
Há muitos elementos ainda para descrever sobre a franquia, de jogabilidade até o enredo. Mas como o assunto aqui é Black Flag, eu diria que já estamos situados. Afinal, onde o próximo lançamento entra no meio disso?
Black Flag
Pra começar, pela primeira vez o ancestral de Desmond a ser controlado será de um período anterior ao jogo anterior. O protagonista de Assassin’s Creed IV é um pirata e corsário chamado Edward Kenway, avô do protagonista do último jogo, Connor. As aventuras de Edward no jogo começarão em 1715 e se passarão na era de ouro da pirataria do Caribe, ou seja, daí derivam também muitos personagens históricos possíveis de encontrar, como Calico Jack, Barba Negra e etc, além de participar de momentos desse período e local que ficaram famosos. A parte do jogo em relação ao presente será obviamente uma continuação de onde parou Assassin’s Creed III e portanto não vamos spoilar, mas foi anunciado que haverá puzzles e mini-jogos de hacking. Dessa vez, porém, você irá controlar alguém contratado pela Abstergo que conseguirá ver as memórias dos antepassados de Desmond, e não o próprio Desmond… mas detalhes sobre isso envolvem o final de Assassin’s Creed III e muito provavelmente a trama do IV.
O jogo terá 3 cidades principais: Havana, Kingston e Nassau. Claro que haverão também dezenas de outras localidades para explorar. A Ubisoft está prometendo o que seja talvez o jogo mais aberto e livre da franquia, com áreas sendo liberadas mais cedo no gameplay (embora algumas devam depender de upgrades no navio) e uma jogabilidade que faça com que as missões restrinjam menos o jogador, pelo menos em comparação com o Assassin’s Creed III. A ambientação visual está muito boa pelo que dá pra perceber no material já divulgado, lembrando que o motor gráfico utilizado é o mesmo do jogo anterior.
Vários elementos introduzidos no jogo anterior marcarão presença novamente, como subir em árvores, caçar animais (introduzindo dessa vez a polêmica caça a baleias) e as batalhas navais. As batalhas navais dessa prometem ser mais bem exploradas, já que temos um jogo com temática pirata e teremos que gerenciar o navio de Edward (chamado Jackdaw). Mas dessa vez será possível fazer também exploração submarina (tesouros aí vamos nós) e enquanto navegarmos será possível usar uma luneta para encontrar lugares, outros navios e etc.
Mas não será agora em que a parte naval será incorporada ao multiplayer da franquia. Embora a Ubisoft já tenha anunciado novos mapas e modos de jogo online, provavelmente não será nada tão inovador a esse nível.
Versão para Wii U e detalhes adicionais
Apesar de precisarmos focar com mais detalhes no que o jogo pode oferecer com o atual console de mesa da Nintendo, infelizmente ainda não temos tantas informações assim. O lançamento para o Wii U foi adiado para 22 de Novembro, o que quer dizer que deve ter dado um pouco mais de trabalho para essa versão mas pelo menos não deve vir cheia bugs (a não ser talvez relacionados a desempenho gráfico).
É válido supor que em termos de controles a coisa deve funcionar da mesma forma que em Assassin’s Creed III. A Ubisoft não chegou a se pronunciar em relação a nenhuma diferença significa, mas é possível especularmos que haja funções novas para o gamepad em elementos que não estavam presentes no jogo anterior, como a luneta e os puzzles de hacking.
A grande crítica fica por conta do conteúdo extra. O jogo já tem até uma DLC anunciada em que você controla um ex-escravo aliado de Edward, mas a Ubisoft já se pronunciou dizendo que a versão do Wii U não receberá nenhum pacote que for lançado. Não vou transformar essa Prévia numa crítica sobre jogos de thirdies para a Nintendo, mas a partir daí já se cria uma imagem de que a versão do jogo para Wii U fica “por baixo” das outras. Apesar disso, antes mesmo do lançamento já é possível adiantar que é um jogo que vale a pena jogar independente da plataforma. Quem já jogou sabe como os jogos principais da franquia possuem uma história rica, personagens carismáticos, ambientações muito bem construídas e vem aprimorando a jogabilidade cada vez mais. É válido dizer que mesmo o pior Assassin’s Creed que a Ubisoft faça continuará sendo um jogo muito bom.
Expectativas:
Visual – 10/10
Som – 8/10
Jogabilidade – 9/10
História – 10/10
Carisma – 9/10
Geral – 9,2/10