Attack on Titan (Shingeki no Kyojin no Japão) é originalmente uma série de mangá criada por Hajime Isayama e publicada desde 2009. A série virou um anime muito bem sucedido e vem conquistando cada vez mais fãs ao redor do mundo. No universo da série, 100 anos antes do início da trama principal, criaturas humanoides gigantescas chamadas Titãs forçaram a humanidade a se retirar para um sistema de habitação entre muralhas enormes. Havia a muralha mais externa (Wall Maria), a do meio (Wall Rosé) e a mais interior (Wall Sina). Depois de cem anos, um ataque de titãs foi bem sucedido em quebrar uma parte da muralha exterior, forçando a humanidade a abandonar a terra entre Wall Maria e Wall Rosé, causando caos e até escassez de alimentos.
A humanidade não sabe muito sobre os titãs. São criaturas que podem ter de 3 até 15 metros de altura (mas há exceção para a regra) e devoram seres humanos aparentemente sem necessidade, já que nunca foram visto atacando outros animais mesmo passando muito tempo sem se alimentar de humanos, dando a impressão de ganharem energia da luz do sol. Possuem uma pele dura e habilidades regenerativas, e só podem ser mortos atacando a base do pescoço. Para explorar esse ponto fraco, os humanos desenvolveram um equipamento de manobra 3D, que dá rápida mobilidade (se bem usado) em um espaço tri-dimensional, facilitando o deslocamento vertical para alcançar a área em que o titã deve ser atacado.
Alguns jogos baseados em Attack on Titan desenvolvidos por alguns membros da Nitroplus (desenvolvedora de visual novels para PC) foram anunciados, mas eles são basicamente spin-offs de personagens em forma de visual novels. Porém, em breve sairá o aguardado jogo de ação exclusivo para o Nintendo 3DS, desenvolvido pela Spike Chunsoft, intitulado Attack on Titan: The Last Wings of Mankind (título ocidental). Por enquanto ele só tem data marcada para ser lançado no Japão (5 de Dezembro) e não foi confirmado ainda para o ocidente, mas por ele estar sendo divulgado também com um título ocidental diferente da tradução literal japonesa e pelo sucesso tanto do anime quanto do mangá, com vários fãs ao redor do mundo clamando por esse jogo, as chances não são baixas. Por isso, ele é o assunto da nossa Prévia de hoje.
Enredo:
É complicado até falar mais, porque haveria spoilers não apenas do jogo, como também do anime e do mangá para quem ainda não viu. Ainda não sabemos até que ponto a história do jogo será leal, se haverá grandes diferenças do original e em que ponto ela terminará, ou se terá um final próprio. No entanto, é muito mais provável que será aquele típico jogo menos focado na história, não que essa seja negligenciada, mas num jogo mais voltado para os elementos de ação fica muito difícil reproduzir os detalhes de tudo que se passa na série original. Então mesmo tendo um plano de fundo excelente, o enredo aparentemente vai passar longe de ser o ponto forte do jogo.
Jogabilidade:
Vamos começar falando sobre o modo história. No início será possível controlar apenas Eren, mas logo depois será possível controlar também Mikasa e Armin, além de no decorrer do jogo outros personagens da série também fazerem sua participação (e possivelmente sendo controlados pelo jogador também). Além do personagem controlado pelo jogador, haverá nas missões 3 npcs que o acompanharão. Foi divulgado que por pouco tempo depois do lançamento, quem adquiriu o jogo poderá baixar gratuitamente uma DLC que permite uma campanha adicional com o personagem Levi, mas campanhas de DLC em geral não são bem vistas porque estão sempre abaixo da campanha original, mesmo que tenham uma boa qualidade. Mas ninguém vai reclamar de uma DLC de graça, não é mesmo? Até porque a ideia parece ser interessante. Cinematics estão no jogo.
Aparentemente alguns jogadores terão problemas se adaptando aos controles, mas não tanto pela mobilidade e sim mais pela mira. Claro, por um lado é um fator proposital da jogabilidade de obrigar o jogador a primeiro desequilibrar o titã para depois finaliza-lo, mas a não ser que o fator diversão se mostre alto (e provavelmente é o que vai acontecer), em situações mais difíceis isso poderá irritar o jogador.
Os personagens fazem uso do equipamento que eu falei lá atrás e aparentemente isso é bem explorado no jogo de forma que a ação de modo geral fica bem dinâmica, mas pelo que foi divulgado de gameplay ainda não dá pra ter certeza se as possibilidades explorando esse recurso serão vastas. E por não ter convencido até agora, faz parecer que não, mas isso pode nem chegar a incomodar se o resto convencer. Além desse recurso, Eren possui uma habilidade especial que não vou dizer para não spoilar porque é parte importante da história, mas que muda completamente o modo de jogar e certamente será usada pelo jogador (provavelmente de forma obrigatória no modo história).
Há também o Modo Mundo, onde os jogadores poderão criar seu próprio personagem para jogar várias missões (aparentemente terá um bom número delas). Essas missões variam de missões gerais até missões de investigação, e quando as missões vão sendo completadas, outras são desbloqueadas. Antes do início das missões, o jogador arruma o set de skills do personagem e novas skills podem ser desbloqueadas, mas não revelaram detalhes de como fazer, embora provavelmente seja completando missões e/ou conseguindo certas conquistas. A DLC que eu mencionei torna disponível as armas de roupas do Levi para colocar no personagem. Além disso, será possível também jogar cooperativamente em até 4 jogadores com os personagens criados pelos jogadores e deve ter compatibilidade com Wi-Fi (Attack on Titan não é Mario Party, e será um desperdício se não tiver).
Expectativa:
Muitos fãs estão bastante animados pela simples ideia de ser um jogo de ação baseado no mangá/anime, já outros não tanto porque acham que não há possibilidade de um jogo como esse captar a essência original da série e etc. O jogo não está prometendo ser algo espetacular, mas ainda assim aparenta ser um jogo no mínimo decente e que pode até ser apreciado por quem não conhece Attack on Titan. Como até agora não se falou no uso do Circle Pad Pro, contamos com que qualquer dificuldade com o controle seja resolvido pelo simples processo do jogador se acostumar. É claro que narrativa não será tão boa quanto a original, mas isso não significa que ela precise ser ruim, e se ela de fato for, o jogo pode ganhar pela diversão, principalmente pela promessa das missões cooperativas. Se elas não forem muito limitadas, podem até se tornar o ponto alto do jogo.
Expectativa Geral – 7/10
