Welcome Stranger! Já pensou na mistura de Tim Burton, Vida de inseto e Dark Souls? Você não, nem eu, mas a Team Cherry pensou, e além disso fez um ótimo game de plataforma metroidvania com uma pitada de “Você vai morrer, kkk”. Partiu análise.
Em 2018 tivemos uma ótima safra de plataforms, de Indies até grandes AAA e aqui estamos com um deles que está no top 5, Hollow Knight usa de todas as características dos metroidvanias para sua construção, a Team Cherry demorou 3 anos na sua produção e podemos dizer que foi sucesso total.
GAMEPLAY
Metroidvania até o fim, a exploração é a alma do jogo, busca e exploração de meios para chegar mais longe são os mecanismos de tornar o Knight mais forte e o jogador mais imerso no gameplay. O mapa é gigantesco e conta com milhares de passagens e segredos. Todos os segredos muito bem espalhados e nem sempre acessíveis com as habilidades que o jogador dispõe, sendo necessário a busca e retorno de mapas já visitados.
As batalhas tem uma pitada de Darksouls-like, poucos comandos, com variações através dos charms e muito aprendizado para sobreviver aos oponentes, todos com seu timing e “brechas” para você supera-los. O level design ajuda bastante nas batalhas com alguns inimigos posicionados em lugares que irão te dar uma dor de cabeça, e um alivio ao acabar com a raça dele.
Os charms são customizadores de habilidades, o fator que mantém o animo na jogabilidade do game, cada charm tem uma característica distinta (golpe mais forte, esquiva aprimorada, etc…) esses efeitos mudam a jogabilidade e permitem ao jogador criar seu estilo de jogo e alternar nas necessidades. O jogo muitos charms e com um equilíbrio enorme na criação deles, fazendo você ter uma grande vontade de colecionar (e testar) todos eles.
A morte é presente no jogo desde a narrativa, cenário e principalmente no protagonista. Toda vez que você volta no local da sua morte surge uma sombra do protagonista que guarda seu loot, você terá de vencer essa sombra para resgatar o que te pertence.
Os cenários são banhados na cor azul e cinza, as cores de uma civilização esquecida e em decadência, com toda sua beleza poética e mórbida, sendo maravilhosamente ilustrado totalmente a mão pelo time de produção. Em muitos momentos você para de jogar para apreciar o cenário com a música imersiva.
BOSS
Os bosses são rostinho de Tim Burton alma de chefe secreto de Castlevania, cada inseto aberração mais ameaçador e bem construído que outro. Domínio de padrões e controle total do personagem é o mínimo para sobreviver à esses nêmesis. A alegria de derrotar esses capirotos faz seu dia mais feliz.
SOM
A equipe de som trabalhou muito nesse título, e adivinhem, sucesso. A parte que me marcou no game foi a sua trilha sonora e seu uso para ambientar o jogador, a cada transição de fase, evento ou batalha a música te norteia de forma magistral.
A imersão que a música te proporciona ajuda na temática cinza e azul, depressiva e solitária do game, tornando obrigatório, jogar o game em alto e bom som. Para pegar toda sua magia. Fora os NPCs e conversas que seu protagonista terá no caminho, sussurros e barulhos que realmente te fazem sentir um insetinho em um mundo devastado.
VEREDITO
Hollow Knight é uma obra-prima, um dos melhores plataforms do ano, só não o melhor por causa de um zumbi muito louco na pegada meio ninja que aparece no jogo (spoiler alert). Porém a jornada do Knight inseto aqui, nem de longe é inferior ou ruim, o jogo leva todos os fatores de um metroidvania ao extremo e usados de forma única e muito bonita. Para todos aqueles que gostam de desafios, gráficos únicos e imersão em todos sentidos Hollow Knight é o título certo.
Uma cópia do jogo nos foi cedida para análise pela nossa parceira GOG, onde o jogo se encontra por 27,90 R$.