Análises

Análise: Panzer Paladin

Panzer Paladin é um plataforma 2D em 8 bits com elementos de clássicos como Mega Man e Castlevania, que acrescenta com suas próprias ideias proporcionando uma experiência única, porém com algumas falhas. Lançado em 21 de julho de 2020, produzido por Tribute Games, disponível para Switch e PC – versão jogada para análise.

História

A Terra está sendo invadida por uma horda de demônios vindos de portais gerados por armas medievais que estão “chovendo” no planeta. A última esperança da humanidade é a android Flame com seu Paladino Grit – uma espécie de mecha. Simples e direto ao ponto como esses jogos costumam ser.

Nossa heroína Flame

Jogabilidade

Grit conta com um escudo e uma esquiva para se defender, e um soco para atacar. No caminho encontramos diversos tipos de armas ao derrotar inimigos ou escondidas em paredes quebráveis, podendo alternar entre quatro e guardar o resto em um inventário. Cada arma tem um ataque, alcance, durabilidade, pois as armas quebram. Também temos um especial que consome a arma imediatamente, que varia desde raios, cura, boost de ataque ou defesa, entre outros. Também é possível arremessar a arma como um projétil.

Quando a vida de Grit esgota, seguimos com Flame que possui um chicote elétrico para atacar e se pendurar em algumas partes. Sua barra de vida é pequena, o que a torna bem vulnerável, mas é possível restaurar Grit ao recarregar sua vida em tanques de energia e chamá-lo em um ponto específico, porém, esses recursos são bem escassos. Geralmente toda fase tem uma ou duas sessões curtas que requerem o uso exclusivo da Flame, além de passagens secretas que contém uma vida extra.

Após a fase de introdução, podemos escolher entre 10 fases que usam o mundo como cenário, e posteriormente uma fortaleza final com mais algumas fases, semelhante a Mega Man. Os chefes são empolgantes de enfrentar e criativos, possuindo até relação com o país da fase. Diferente dos inimigos comuns que são um pouco repetitivos mas que ainda são divertidos de derrotar.

As fases são como um World Tour

Cada fase possui apenas um checkpoint na metade e outro antes do chefe, porém as fases são longas e somando a facilidade em morrer nos diversos buracos e espinhos, e a pouca variedade no level design, torna frustrante repetir as sessões. Mas o ápice da repetição é o mesmo sub-chefe que aparece em todas as fases após o primeiro checkpoint.

O sistema de armas é interessante mas sinto que poderiam ter extraído mais. Apesar da grande variedade, a sensação não difere muito de uma para outra. Até mesmo com as armas especiais que ganhamos ao derrotar os chefes, que poderiam ter habilidades diferentes.

Grande variedade, pouca diferença

Também seria interessante sessões mais criativas com a Flame, pois a grande maioria se resume a saltar e se pendurar usando o chicote precisamente para evitar a morte instantânea.

O game conta com modos para speedrun, boss rush, um modo de criar armas e alguns extras.

Gráficos

Para os padrões retrô é um prato cheio. Os cenários são bem coloridos e as fases inspiradas em diversos lugares do mundo foi um acerto. Uma pequena ressalva para alguns poucos momentos que é difícil diferenciar objetos do jogo com o cenário. As animações dos personagens em geral estão bem feitas, principalmente nos chefes que são intensos e cheios de vida. As cenas em estilo de anime dos anos 80/90 são bem bonitas mesmo com a limitação gráfica de 8 bits.

Som

A trilha sonora completa a ambientação dos países reproduzindo trilhas características. Nas últimas fases tocam faixas originais que harmonizam com o ritmo do jogo. No geral são agradáveis e cumprem seu papel mas nada muito memorável.

A sensação de explodir os inimigos é satisfatória

Panzer Paladin foi uma surpresa pois o descobri por acaso e adoro esse tipo de jogo. Joguei no hard e zerei em cinco horas e meia divididas em algumas jogatinas. Com algumas correções e melhorias para uma eventual sequência, o game tem potencial para bater de frente com gigantes do gênero.