Análise: Pokémon Sword and Shield

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Assim que foi anunciado, Pokémon Sword and Shield gerou uma avalanche de emoções nos fãs da série, mas com o passar do tempo, muitas polêmicas foram surgindo tanto quanto a gráficos, jogabilidade e quantidade de monstrinhos que vamos ter no jogo.

Sword and Shield chega ao Switch com a difícil tarefa de desfazer uma imagem negativa que foi criada antes do seu lançamento, e ser um marco, por ser o primeiro game da franquia feito totalmente para o Switch, será que ele consegue?

AVISO, ESSE TEXTO PODE CONTER SPOILER

HISTÓRIA

O game começa nos moldes clássicos da série, você, em sua casa, com sua mãe, a partir dai temos o desenrolar da trama. Sword/Shield não faz questão de ter uma história profunda, com vilões e lendários complexos, pelo contrário, neste jogo, a história serve como pano de fundo para um game que tem como objetivo maior mostrar sua nova jogabilidade e gráfico. Isso é bem triste, já que desde os primeiros games do 3DS isso vem acontecendo com frequência, vemos games com histórias muito fracas e rasas, e em Sword/Shield isto não é diferente.

Nossos principais companheiros de jornada são Hop e Leon. Hop é basicamente nosso amigo/rival, ele aparecerá com frequência para nos mostrar novos lugares, nos apresentar o mapa, e claro, batalhar conosco. Já Leon é o campeão mais famoso do game, e a ele, lhe é dada a função de nos treinar e de nos fazer grandes treinadores.

Todo game de Pokémon tem uma boa mitologia para explicar o porque dos lendários e também o porque dos vilões, mas aqui não, como dito antes, a trama é bem fraca, a história dos lendários é rasa e sem criatividade. Os vilões ainda mais, eles são fãs de uma treinadora, Marnie, e são chamados de Team Yell, e farão de tudo para que ela alcance seus objetivos.

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GRÁFICOS

Esse é um ponto que todos estávamos esperando muito, e que também foi muito criticado antes do lançamento do game. Por se tratar do primeiro game da franquia para um console realmente potente, todos esperávamos que os gráficos de Sword/Shield fossem realmente muito bons.

Muitas das reclamações dos fãs não foram infundadas, o game parece ter sido feito as pressas, e sem os devidos cuidados. Se você for jogar no modo portátil você não perceberá tanto a falta de qualidade gráfica, mas na TV essa diferença é muito grande. Problemas como texturização, modelagem e sombras mostram que a Game Freak poderia ter feito um trabalho muito melhor.

Um fato absurdo acontece em relação aos NPCs e aos pokémon. Se você avistar algum pokémon ou alguma pessoa de longe e você for se afastando, esse personagem irá sumir, desaparecer, caso você se aproxime novamente ele aparecerá, mas de forma bem mal feita, sem nenhum cuidado, veja o exemplo com o Onix no vídeo abaixo.

Outro problema também é o tamanho desproporcional dos pokémon, monstros que são gigantes estão bem pequenos, o que deixa o game muito sem sentido em certos pontos e bem esquisito. Por exemplo, o charizard parece um pokémon de brinquedo, pois ele está bem pequeno, assim como todos os monstros que são gigantes, todos estão em escala bem reduzida.

JOGABILIDADE

Neste ponto Sword/Shield preserva os moldes originais da série, introduzindo novas e divertidas mecânicas, como as de personalização do personagem principal, cozinhar, interação com o seu monstrinho, além é claro da tão anunciada Gigantamax Form.

Gigantamax – a nova mecânica que transforma os pokémon em monstros gigantes é divertida, desafiadora, e muda bastante o ritmo das batalhas, pois ela tem uma duração limitada e muda os golpes do pokémon que ficou gigante. Ao meu ver, é uma boa mecânica e um acerto.

Raid – as batalhas raid estão espalhadas pela Wild área, nelas você encontra pokémon específicos que não encontra em outros locais do game. Essas batalhas vocês só consegue fazer em equipe, seja com pessoas pela internet, ou com personagens selecionados pelo próprio game.

Personalização – aqui temos o game da série com maior opção de personalização para o personagem principal, o que me deixou muito feliz, pois agora é possível, mesmo que ainda com poucas opções, deixar o personagem principal o mais parecido com quem esta jogando.

Pokémon Center – uma boa atualização aconteceu com os centros pokémon, agora temos tudo em apenas um só lugar, loja, opção de mudar o nome dos nossos monstros, mudar golpes, cura, e nosso BOX PC, e isso é ótimo, não precisamos mais sair e ficar rodando em 3 ou 4 lugares diferentes.

Wild Area

Aqui temos as maiores e mais divertidas mecânicas do game. A Wild Area é claramente um teste para futuros games da série. Aqui temos pokémon selvagens muito mais fortes que te atacam e te perseguem quando você passa por perto, temos a tão sonhada opção de câmera livre, podemos criar acampamento para brincar com nossos monstrinhos e cozinhar, temos também mudanças climáticas.

Mas claro, tudo isso é apenas em uma área pequena e restrita, até porque Sword/Shield não é um game com um mapa tão grande quanto os outros games da série, e ele também é bem linear em questão de mapa.

Algo que vale apena destacar é que, este game está muito fácil, é possível finalizar Sword/Shield apenas com seu inicial no time, sem perder muito tempo treinando e upando ele nos matinhos, apenas batalhando com os NPCs do jogo. O game faz de tudo para que você ganhe, parece que você esta sempre jogando no modo easy.

SOM

Sword/Shield traz músicas tranquilas e calmas, nenhuma muito marcante, todas muito bem ambientadas como é de costume de toda a série. A Wild Area tem um ambiente muito bom, graças as músicas. Um destaque vai para os sons do menu que estão muito melhores, foram atualizados e ficam mais agradáveis de se escutar. Os sons dos monstrinhos parece que continuam os mesmos de sempre, e isso tem que mudar, continuamos com os mesmo grunidos.

VEREDITO

Pokémon Sword and Shield é divertido por ser pokémon, mas peca e muito, parece que o jogo foi feito às pressas e com pouco cuidado. Destalhes como jogabilidade fraca, história ruim, e pouco carisma, mostram que a série Pokémon tem que mudar. O Switch é um console com um potencial absurdo, que a Game Freak não soube aproveitar.

Fica claro que Sword/Shield parece muito mais um game teste, um teste para os próximos games, do que realmente um game finalizado e bem acabo. A série realmente deve mudar e ser revista.