Quando vi Xenon Racer pela primeira vez acabei lembrando do Suzuki Escudo. Era o carro mais caro do Gran Turismo 2, tinha que juntar muita grana no jogo para compra-lo, mas depois era só alegria. O protótipo de design futurista era muito rápido, deixava qualquer outro carro comendo poeira.
Com a proposta de reviver a sensação dos jogos de corrida de fliperamas, o indie foi desenvolvido pelo estúdio italiano 3DClouds e publicado pela Soedesco. Lançado dia 26 de Março de 2019, para PS4, XONE, Switch e PC, a versão para análise é a de PS4 cedida pela próprio desenvolvedor.
História
O ano é 2030, temos carros voadores, hologramas e telões pela cidade, toda aquela coisa futurista (ps: fico curioso se em 11 anos teremos isso tudo). É anunciado para o próximo ano o primeiro campeonato Xenon Racer, com carros por levitação magnética, e com essa breve introdução somos inseridos no menu principal que é uma garagem onde podemos escolher os modos. Temos o campeonato, corridas individuais, multiplayer com tela dividida, modo online, seleção de carro – de início só temos um, mas são destravados outros conforme o avanço – e customização – onde é possível modificar a aparência do carro com adesivos e pintura, e modificar peças que alteram seu desempenho, sendo que cada pista ou estilo do jogador funciona melhor dependendo da configuração.
Jogabilidade
Após um breve tutorial, onde aprendemos o básico: acelerar, frear, dar ré, mudar câmera, e a mecânica “diferencial” do jogo que é o sistema SRE – Sistema de Recuperação de Energia (que basicamente é um nitro que recarrega conforme fazemos drifts estratégicos), vamos para nossa primeira corrida. Aqui já vemos o primeiro problema, o desbalanceamento da CPU. Se você estiver entre os primeiros e for ultrapassado uma vez, provavelmente não vai mais conseguir recuperar a posição, e não por conta de habilidade, a impressão que da é que os carros da CPU são sempre mais rápidos.
O charme do jogo (talvez o único) são as corridas em alta velocidade, os carros chegam facilmente a 250 Km, a sensação de velocidade agrada, uma pena que os controles não respondem muito bem, então é normal ter que reduzir quase toda a velocidade em cada curva fechada, se não quiser correr o risco de bater (se bater demais o carro danifica e fica parado por uns segundos) e você pode perder literalmente a corrida porque não vai conseguir se recuperar.
Gráficos
Nos trailers os gráficos estão melhores, claramente houve downgrade, mas no geral o game entrega algo aceitável, se destacando no modelo dos carros e seus detalhes. A versão futurista de alguns lugares do mundo como Japão, EUA e Dubai entre outros, cada um com suas características únicas, é interessante de se ver.
Som
A trilha sonora eletrônica combina com o tema futurístico do jogo mas é repetitiva, e o som dos carros estão bem feitos. O jogo conta com legendas em português.
Veredito
Xenon Racer é um indie com uma proposta atrativa, se apresenta bem mas não cumpre com as espectativas. Sejam casuais ou hardcores de jogos de corrida, para terem uma boa experiência, seria interessante se arrumassem a IA e os controles.