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Mídia Física |
Essa coluna não tem como objetivo
analisar o jogo, aqui nós iremos apresentar nossas experiências com
um determinado jogo que jogamos durante a semana. Durante o texto
poderá ser apresentado spoilers da trama, portanto, se ainda não
jogou o jogo, por favor leia com cuidado para que sua experiência no
futuro não seja prejudicada. O diário dessa semana será sobre Devil’s
Third.
considerado um dos itens mais raros do Wii U, pois uma pequena
quantidade delas foram produzidas. Desde o início do lançamento a
Nintendo aparentava não acreditar no sucesso do jogo, então, já
era de se esperar que sua produção seria mais voltado para o
mercado digital, assim como ocorreu com o Fatal Frame. Por conta
dessa raridade, sentimos uma certa pena ao abrir a mídia física,
mas, estávamos ansiosos em jogar esse jogo que prometeu ser um
sucesso, porém, segundo as críticas, falhou miseravelmente.
Sem criar muitas expectativas
Começamos a jogar, já com um pé
atrás, para que a decepção não fosse tão grande, e isso nos
ajudou a ter uma experiência um pouco melhor do jogo. Começamos a
fase em meio a uma rebelião que está ocorrendo em uma prisão.
Todos os satélites ao redor do planeta foram destruídos e o mundo
ficou um caos.
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Apresentando Ivan, o protagonista do jogo |
Ao iniciar o controle do protagonista,
chamado Ivan, nos deparamos com uma jogabilidade interessante, um
misto de Ninja Gaiden com um jogo de tiro estilo FPS, mas ao começar a atirar nos inimigos da prisão
vimos algumas coisas bizarras. Cabeças voam como se os corpos
atingidos tivessem um tipo de mola no pescoço.
Os gráficos
apresentados pareciam mais um jogo de Wii remasterizado e os detalhes
do cenário eram muito mal acabado, mas continuamos jogando, pois os
momentos de ação eram constantes e pelo menos conseguia nos
distrair das falhas apresentadas.
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Momento em que você corta a cabeça e ela saí voando |
A segunda fase apresentou um mundo mais
amplo, mas que continuava sendo bem linear. Aqui o cenário ficou
mais detalhado e uma cidade com civis sofrendo em uma guerra deixou o
jogo um pouco mais dramático. Novas armas foram apresentadas, mas a
variedade de inimigos eram bem pequenas. A ação não para, quando
achávamos que iriamos parar um pouco para explorar, novos inimigos
surgiam e a pancadaria (ou tiroteio) começavam, e não era fácil.
Procurar subir nas construções da cidade para buscar um local
melhor para atirar fez com que o jogo ficasse um pouco mais
dinâmico, principalmente quando você encontra um tanque de guerra e
é preciso buscar uma bazuca para derrubar o mesmo.
um porto, aqui o Ivan encontra um dos membros de sua antiga equipe e
isso desperta um flashback no protagonista de quando ele fazia parte
de um grupo terrorista, essa memória apresentou um pouco do passado
do protagonista. Seguimos em frente para o objetivo de
liberar o Canal do Panamá, nesse momento já estamos acostumados com
os controles do jogo, fazer as finalizações com as armas brancas se
tornou algo mais divertido do que ficar atirando. O sistema de mira é
bem complicado então achamos melhor, sempre que possível, utilizar
a força bruta.
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Não é divertido mirar em Devil’s Third |
chegamos em um templo (igreja), aqui encontramos o segundo chefe e
membro do antigo grupo de Ivan. Seu nome é Big Mouse, a batalha aqui
foi bem legal e desafiadora. Inimigos atirando para todo lado,
tínhamos que nos esconder nas colunas enquanto tentávamos acertar o
chefe. Derrotar o Big Mouse parecia ser algo fácil, mas o infeliz
tinha uma espécie de vacina que o transformou em um louco destruidor
de colunas. Agora não tinha mais como se proteger, o segredo foi
sair correndo e atirando, sempre atento para esquivar de seus golpes.
Depois de morrer bastante conseguimos derrotar o Big Mouse.
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Big Mouse o destruidor de colunas |
Chegando no local onde a trama se desenrola
Próxima fase, estamos em um avião
indo rumo a uma ilha com um vulcão, há uma instalação inimiga
nessa ilha e logo nosso herói é atingido por alguns misseis e o seu
avião cai no aeroporto. A fase começa um pouco diferente, Ivan
agora está dentro do avião com uma metralhadora automática em
mãos, começamos a metralhar vários inimigos e veículos.
aeroporto e a ação continua a mesma vista nas fases anteriores, os
detalhes do aeroporto são legais, tem um momento em que um tanque
surgiu em meio a sala de checking, foi necessário uma bazuca para
derrubar o veículo. Até aqui percebemos que a variedade de inimigos
são realmente muito pequenas e a mira das armas são um desastre,
mas já nos acostumamos com ela.
estilo de andar um pouco até encontrar muitos inimigos que precisam
ser derrotados para poder abrir uma passagem e seguir em frente.
Alguns novos inimigos são apresentados na fase do aeroporto, em
destaque um que utiliza uma metralhadora giratória e que aguenta
tiro de bazuca nos peitos. Para matar esses inimigos é necessário
procurar abrigo e atirar sempre que tiver a oportunidade.
de inimigos, chegamos finalmente no próximo chefe, seu nome é
Grundla Saha, esse cara deu muita dor de cabeça, meter bala nele é
quase impossível, e tentar se aproximar do mesmo é morte na certa,
sem falar que o maluco fica jogando facas constantemente. Morremos…
morremos muito… foi frustrante… mas depois de respirar fundo,
beber uma água e pensar se valeria a pena continuar, fomos em
frente.
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Grundla Saha vai desafiar os jogadores mais hardcores |
algumas cenas são apresentadas nesse momento, uma transmissão é
interrompida por um dos membros da antiga equipe de Ivan, uma garota,
a mesma que ativou o flashback na segunda fase, tudo indica que o
protagonista tem algum tipo de sentimento por ela, mas para o tipo
irmãozão.
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Essa garota tem algum relacionamento com Ivan |
uma cidade, não muito diferente da segunda fase, essa está um pouco
mais destruída, como sempre com muito tiroteio, nada de especial foi
adicionado no trajeto que levava até o final. Alguns NPC te
acompanham para te dar algum suporte, o que nesse caso não funcionou
muito bem. Há algumas cenas dramáticas, como por exemplo, corpos
sendo queimados, mas nada que mereça algum destaque.
ficam mais interessantes, ela é uma prisão subterrânea,
novos inimigos são introduzidos na história, um tipo de zumbi
anabolizado e um monstro estilo o que são apresentados em Doom. Eles
demoram um pouco mais para morrer, mas nada muito complexo, depois
que derrotamos Grundla Saha nada mais ficou difícil até aqui.
em um local que parece ser um laboratório secreto onde esses novos
monstros são criados. A sensação é que o jogo começa a se perder
um pouco na história e que o foco agora é só matar e matar. Enfim
chegamos no próximo chefe, seu nome é Guinea Pig, ele parece com
golem zumbi gigantesco, ele foi muito simples de derrotar, o ataque
dele é corpo a corpo, então é basicamente desviar e atacar logo em
seguida.
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Guinea Pig é o chefe mais fácil desse jogo |
em uma cidade estilo oriental. De longe essa foi a fase mais bonita
que vimos até o momento, com uma iluminação que combina com o
ambiente. As batalhas acontecem tanto no chão quanto nos telhados
das casas e lojas.
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Essa é a melhor fase do game |
foi a garota utilizada para fazer a publicação do jogo, assim que
chegamos nela uma cena é iniciada e Jane aparece retirando a roupa e
ficando apenas com lingerie, e então a luta começa, a dificuldade
aqui é apenas a quantidade de inimigos que estão ao lado de Jane,
mas depois que limpamos a área ficou tranquilo para derrotá-la.
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Essa é Jane Doe, ela a personagem mais utilizada para a publicidade do jogo |
Momentos finais
Estamos mais próximo do
vulcão que foi apresentado na cena em que tivemos a queda do avião,
o jogo passa a ficar bem repetitivo, os cenários bem parecidos, há
momentos em que lutamos na neve, controlamos um jipe e saímos
atropelando e atirando nos inimigos, momentos rápidos, mas que
trouxeram uma pequena mudança na jogabilidade. A sensação era de
que estávamos jogando um jogo de guerra, pois o uso de armas quase
que ficou obrigatório, surgiram alguns inimigos mais fortes, alguns
tinham habilidade de ficar invisível, outros tinham serra elétrica
e uma resistência para aguentar tiro de bazuca. Enfrentamos um chefe
chamado Sovershennyy, ele é bem parecido com o Guinea Pig, a
diferença é que ele utiliza um Jetpack e armas de fogo, derrotar
ele foi tranquilo, o cenário era bem aberto e tínhamos uma bazuca.
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Sovershennyy é um monstro gigantesco com com Jetpack, vai encarar? |
história é bem rasa e não agrada muito, encontramos a Ludmilla e a
batalha com ela é um pouco chata, ela ficava algumas vezes
invisível, mas nada que dificultasse a luta.
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Momento em que enfrentamos a Ludmilla |
pouco mais corridas aqui, após derrotar a Ludmilla vamos para a
última fase e lá encontramos Isaac Kumano, o antigo mentor de Ivan,
a luta com ele foi muito legal, ela é dividida em duas etapas, na
segunda mudamos o cenário para um local em chamas e o chefe fica um
pouco mais severo.
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Batalha final contra Isaac |
Valeu a pena, mas faltou o multiplayer
Após derrotar Isaac somo levados as
cenas finais do jogo, a sensação foi que o mesmo terminou de forma
rápida e cheio de buracos na história. O jogo foi legal, não é
tão ruim quanto dizem, o que mais desagradou foi o desenrolar da
história, os gráficos em alguns momentos eram realmente feios, mas
não estragariam a experiência se tivéssemos um bom enredo. Não
foi possível aproveitar o modo online, os servidores fecharam um
pouco mais de um ano depois que o jogo foi lançado.
Bem, essa foi a nossa experiência com
Devil’s Third, um jogo que prometia ser um diferencial no Wii U, para
os fãs de jogos adulto, infelizmente os diversos problemas
encontrados no desenvolvimento do jogo acabou trazendo um produto mal
feito e com muitas falhas. Mas se puder um dia pegar ele em uma
promoção no eShop, então dê uma chance e curta um dos poucos
jogos adultos que foram lançados para o console. Se tiver a
oportunidade de jogar no Pro Controller, a experiência será melhor,
ou menos desagradável.