A franquia de The Legend of Zelda completará 35 anos de existência em 2021 e nessas quase quatro décadas é claro que os jogos e conceitos evoluíram junto, inovando e mantendo a tradicionalidade ao mesmo tempo.
Em 2017, no último trailer que tivemos para Breath of the Wild, nos foi mostrado algo que a franquia jamais fez antes: uma dublagem de personagens. A série Zelda sempre ficou nos murmurinhos e gritos e trazer diálogos complexos e emotivos foi um grande passo.
Há quem defenda o ousado passo para a franquia e há quem não concorde muito com isso. Para falar sobre o assunto, Patricia Summersett, a dubladora de Zelda na versão Americana de BotW, deu uma recente entrevista para o Zelda Dungeon, onde comenta como é difícil honrar as expectativas de fãs tão acalourados na missão de dar voz para a princesa:
“Isso foi mais difícil de lidar no começo, já que eu era muito sensível a isso e só queria que todos estivessem o mais felizes possível com um jogo tão grande [Breath of the Wild]. Você realmente tem que manter esse tipo de coisa em mente…“
“Você realmente tem que ser positivo sobre essas coisas. Eu diria que as pessoas negativas tendem a ser mais vocais online, apenas por padrão – essa é a natureza dos algoritmos das redes e leva algum tempo para se acostumar, para construir uma carcaça que aguente, eu acho. Eu definitivamente diria que minha carcaça ficou muito mais resistente nos últimos anos, desde que assumi esse papel em particular, já que foi necessário para receber as falhas e críticas desse papel específico.“
Como muito bem colocado por Patricia, chega a ser triste o espaço que o ódio tem nas redes sociais. Tratar sobre o papel de Zelda como uma experiência específica só mostra como foi difícil absorver tudo isso. Mas olhando para o lado bom, ela diz que isso a faz querer ser melhor ao repetir o papel:
“Há algo nisso para canalizar também, porque é assim que Zelda se sente, e ela está indo muito bem, mas ela se sente assim eternamente, e essa é a responsabilidade dela. Dá para relacionar bem as coisas, eu acho. Qualquer pessoa que esteja se arriscando ao tentar trabalhar duro em qualquer coisa está sujeita a isso. Eu adoro isso na personagem dela em geral e em como eles se aprofundam nessa parte da história para ela: o que significa para ela se sentir um fracasso, mas seguir em frente e lutar por algo maior e para o benefício de todos. Pode-se usar isso como inspiração da mesma forma que se usa heróis como inspiração.”
Além de ser um ótimo jeito de se pensar, também é ótimo ver como Patricia lida com esse desafio e usa isso como força para ser melhor. O que você achou dos trabalhos dela como Zelda em Breath of the Wild e Age of Calamity? Conte suas expectativas para o papel de Zelda em BotW 2!