Perigo, invasores à vista!
A década de 80 do último século foi palco de clássicos imortais para o mundo gamístico. Se você leitor(a) hoje pode desfrutar do melhor que a tecnologia pode lhe oferecer, agradeça à ousadia que os desenvolvedores tiveram quando lançaram inovações como Tetris, Super Mario Bros., Pac-man, entre outros. A Máquina do Tempo agora nos leva ao também clássico Space Invaders, vamos conferir a sua versão para o Nintendo 64?
Lá pelos idos da década de 70, a Taito criava um jogo que seria ícone para toda uma geração, tendo repercussão global, principalmente nos países ocidentais. A premissa, como a maioria dos títulos à época, era simples, porém divertidíssima: o jogador controlava uma nave, responsável por eliminar as hordas de aliens que surgiam a fim de invadir o planeta. Pronto. Em poucas palavras, Space Invaders está descrito. No final da década de 90 surgia uma versão para o nobre Nintendo 64. Mesmo com um mercado consolidado por obras-primas como The Legend of Zelda – Ocarina of Time, Mario Kart 64, Super Smash Bros., Pokémon Stadium, só para citar uns poucos, a Z-Axis aceitou o desafio e reprogramou os invasores do espaço para o poderoso 64 bits, fazendo a alegria dos mais antigos.
Alterações foram feitas para um melhor aproveitamento do console, mas nada muito revolucionário, a mecânica permanece: defender seu planeta dos invaders, acertando-os com os tiros de sua nave galáctica. Gráficos poligonais, mas respeitando a jogabilidade 2D, ofereceram uma experiência praticamente idêntica ao original, porém com um visual mais estiloso. O áudio agora tinha tecnologia Dolby, ou seja, explosões realistas, sonoridade dos tiros bem satisfatória, trilha singela, mas o suficiente para cativar.(Antes que alguém levante a questão dos barulhos no “vácuo”, seu humilde redator pede que levemos em consideração que se trata de um game casual com assimilação bem simples. Sem dúvida os desenvolvedores não eram alheios ao fato de o som não se propagar no vácuo, mas para tornar a imersão mais interessante, finjamos que é possível sim ouvir aqueles estouros legais no espaço, ok?)
Power-ups foram incrementados, como boosts na quantidade de projéteis disparados, tipos de tiros diferenciados por cores, mísseis, assim como a direção dos disparos, agora podendo ser esquerda-centro, direita-centro e/ou apenas centro. O multiplayer não foi esquecido, o que só aumentou a diversão da galera. Você e um amigo agem em cooperação para destruir as ondas de inimigos na tela, que se elevam absurdamente. Bônus são distribuídos caso, por exemplo, o jogador consiga eliminar uma coluna inteira de invasores sucessivamente ou atinja aquela nave isolada que passa na última linha, acima da horda. Precisão e cálculo, a gente vê por aqui!
Bom, é provável que alguém aí esteja se perguntando “Tá legal, mas qual é a finalidade disso tudo mesmo?”, e lhes respondo que finalidade por finalidade, sempre será a diversão. O objetivo de Space Invaders, além de destruir os inimigos é acumular pontos e mais pontos, até onde conseguirmos. O número de fases é elevado, e o último nível de dificuldade é bem desafiador. Ter em mãos um título casual como esse para reunir os amigos e ver quem derrubava mais invasores, sem precisar sair de casa para os fliperamas, era uma comodidade que agradou os fãs. Creio que em algum momento de sua vida leitor(a), você já se deparou com alguma versão de Space invaders. Se ainda não, corra para jogar e defender o planeta Terra dos invasores do espaço!