Eu comentei em um Papo de Gamer há alguns meses meus argumentos quanto àqueles que não gostam da Nintendo, em especial por acharem que o console só faz games para crianças. Embora não tenha visto comentários opostos no post em questão (e ficado muito grato com os comentários construtivos do pessoal no mesmo), acabei notando nos meses seguintes, em outras plataformas e na própria Big N, com o lançamento recente de Splatoon, que a coisa não se resume a apenas a games “para crianças” ou “para adultos”: ao que parece, essas opiniões se relacionam mais a postura dos jogadores em si do que aos games.
Afinal de contas, quem ou o quê define a maturidade de um jogo?
Tô muito velho pra isso…
Procurei pela web uma esquete de Marcelo Adnet falando sobre a “longa estrada” de um garoto de 12 anos, já com filhos e netos, que o humorista fizera anos atrás para a MTV. Infelizmente, eu não encontrei para elucidar um pouco o assunto, mas só pela rápida descrição acima já dá pra entender do que se trata.
O próximo terror dos pais e mães que tem os pequenos jogando no Wii U. Ou não? |
Não é de hoje que se questiona a questão da maturidade nos videogames. Se nos anos 90 o assunto era tratado de maneira incisiva, com uma verdadeira inquisição a games como Mortal Kombat e Splatterhouse, com temas e recursos mais violentos, a coisa se tornou um pouco mais amena hoje em dia, com casos debatidos dentro da própria comunidade gamer. Apesar de certos canais de televisão por aqui insistirem em ver videogames e outras mídias como influenciadores a violência, Mas essa não é a questão de hoje.
Voltando a questão da maturidade nos games, é visível que atualmente o acesso a games dos mais variados tipos seja bem maior do que há 10 ou 15 anos atrás, e com isso seja bem mais fácil criar seus gostos e particularidades com mais velocidade. É parte da criação de personalidade fazer algo do gênero. O problema, em relação aos games, é quando muitas pessoas tratam a mídia em geral como “infantil”, deixando crianças terem acesso a materiais que claramente não são feitos para elas.
Parece bem divertido, mas esse não é pra mim. |
Não sejamos hipócritas. Jogadores da velha guarda sempre costumam dizer que aqueles games violentos da infância não os influenciaram a nada hoje em dia, e o gosto por algo “proibido” mas sem uma explicação é pertinente em qualquer época. Mas existe um ponto nas gerações atuais que não tínhamos antigamente: a complexidade e realismo dos jogos. Se antigamente os pixels com “temas adultos” eram motivos de piada, hoje eles são convincentes o bastante para deixar um pai tão preocupado quanto os nossos eram.
O ponto que quero chegar é que toda essa exposição leva a uma falsa maturidade. Seria cômico ver um garoto de 8 a 10 anos chamando um Smash Bros de infantil se não fosse preocupante o fato dele realmente se achar um adulto, e trazer todas as consequências desse suposto amadurecimento precoce. Eu mesmo vi uma situação dessas ao vivo, com um garoto de 5 anos chamar Little Big Planet, do PS3, de infantil… pois é.
Qualidade X Maturidade: isso é mesmo uma disputa?
Auto-Explicativo. |
O Console para você
Aí voltamos àquela questão da escolha dos consoles. E felizmente, existem jogos para todos os gostos e públicos. Uma rápida pesquisa de mercado e você terá uma melhor noção de qual console atende ao que você deseja. E para os pais, qual a melhor maneira de colocar os filhos nos games.
Acho que já disse isso uma vez aqui no Papo de Gamer. O melhor console é aquele que te diverte, independente de enredo, jogabilidade, gráficos e maturidade. E se eu sou maduro pra falar dessas coisas? Sinceramente, não sei. Acho que quem se diz muito maduro normalmente não é tanto assim. Deixo essa resposta com vocês.