Olá Gamers, vamos conversar?
Na 7ª geração de consoles, tivemos coisas interessantes no conceito de novos meios de jogabilidade, e a novidade da época eram os controles de movimento. O Nintendo Wii já vinha com o seu logo quando o player adquiria o console, e este, deu notoriedade ao simples console, com poderio gráfico inferior ao Xbox 360 e ao PlayStation 3, e vendo o avassalador sucesso da “Big N” os concorrentes trataram de desenvolver seus próprios aparatos, e quem tinha o projeto mais ousado e promissor era a Microsoft com o então intitulado Projeto Natal.
Do que se trata?
Na E3 de 2009, o principal anúncio da poderosa Microsoft foi um sistema de controle que utilizaria apenas comandos de movimento e controle de voz, onde, de modo sucinto, ao novo controle seriam aplicados visão binocular, capacidade de medir distância, câmera colorida, sensor de profundidade, microfone e um processador diferenciado, que seria integrado ao console, praticamente “algo da NASA“.
O nome “Projeto Natal” foi em homenagem a cidade brasileira de Natal, e não a comemorativa data anual, isso porque, o desenvolvedor da tecnologia Alex Kipman é brasileiro, e decidiu fazer esta homenagem a sua cidade no nome inicial da aplicação vindoura.
Kinect
Com o passar do tempo, o projeto foi tomando forma e assustando cada vez mais graças, ao trabalho de marketing e as promessas feitas pela Microsoft. Junto com a empresa PrimeSense, entre os dias 04 e 20 de Novembro de 2010, é lançado em todo o mundo o Kinect, o sensor de movimentos do Xbox 360, que futuramente também seria aplicado ao Xbox One, porém com uma notoriedade muito menor.
Ao chegar em alguns países, sua primeira versão veio sem reconhecimento de voz, mesmo assim, o uso do controle era bem divertido, especialmente em jogos de dança e esportes, podendo também ser utilizado para queimas de calorias dentro de casa, algo que não foi totalmente inovador, mas sim, diferente para a época. A sensação de jogar sem um controle nas mãos realmente era única e até mesmo alguns games de corrida, era possível controlar seu carro apenas com movimentos (claro, nada de outro planeta, mas interessante).
Problemas
O Kinect era fantástico, porém, até a “página 2”, isso porque a detecção dos movimentos não era tão boa assim, muitas vezes seu “Char” ficava todo torto ou não obedecia os movimentos. Outras vezes, o sensor simplesmente “bugava” e não reconhecia mais nada, em outras ocasiões, ele se recusava a executar o controle de pausa ou a exercer um comando de seleção, sem contar que para uma experiência aceitável, era desejado que apenas os jogadores estivessem no local, sem “torcida”, se não, aqueles que não estavam participando do jogo, acabariam sendo escaneados também e atrapalhando o jogo de alguma forma.
Sem nenhum game de peso e uma estrutura que tornasse o acessório realmente desejável e não apenas um aparato de festas com algumas consideráveis limitações, mesmo no Xbox One, em 2014 o Kinect deixou de ser vendido com o XONE devido a sua falta de popularidade, e em 2017, sua fabricação foi encerada.
Ponto Final
Redijo este texto como alguém que foi usuário da tecnologia por alguns anos, utilizando especialmente em reuniões com amigos, e sim, o Kinect é muito divertido, porém, deixa a desejar em quesitos básicos e mesmo em sua segunda versão do Xbox One, isso não foi melhorado, mas sim, piorado.
Todavia, o sensor não esta morto nos corredores da empresa, mas sim, uma nova funcionalidade tem sido aplicada a ele. O aparelho foi transformado em uma simples placa integrada e agora servirá como uma ferramenta para auxiliar o desenvolvimento e utilização de aplicações de inteligência artificial no Microsoft Azure, a plataforma de computação em nuvem da empresa de Redmond.
E com esta nova aplicação só nos resta esperar o que estará por vir…