Olá Gamers, vamos iniciar uma nova Quest?
Jogar RPG é muito bom, apreciar um game desse gênero com um bom enredo, personagens cativantes, missões desafiadoras e destruir um mal eminente é algo extremamente prazeroso.
Você amado leitor, não conhece RPG’s digitais? Sorte sua, é exatamente sobre esses gênero que iremos tratar em nossa coluna.
Definições
Role Play Game, ou simplesmente RPG, são jogos de tabuleiro (RPG de mesa ou D&D) onde os jogadores criam seus personagens, fichas e atributos em um cenário qualquer, buscando viver uma aventura proposta pelo mestre (aquele quem direcionará a história e as ações). Sendo assim, todo RPG digital tem sua base em D&D, porém, com uma interação difere, mais cognitiva e visual.
Primórdios
Nos anos 70, os computadores pessoais não eram populares como são hoje, praticamente apenas grandes universidades e empresas poderosas tinham algo parecido com o conceito que temos hoje.
Os computadores das grandes faculdades utilizavam um sistema muito a frente de seu tempo chamado Plato, voltado para a educação, com uma interface de cor laranja.
Os estudantes apaixonados por D&D começaram a desenvolver games deste gênero nos PCs da faculdade. Algo muito interessante é que boa parte destes jogos, muito bem desenvolvidos e até com multiplayer em rede foram apagados. Isso porque os jogos eram desenvolvidos de modo “clandestino”, e de tempos em tempos, os administradores da rede faziam uma limpeza na rede, e os games eram excluídos, alguns games em primeira pessoa e outros no estilo Rogue Like, sua maioria infelizmente foi dizimada.
Com o passar dos anos, os PCs ficaram mais populares, especialmente com o lançamento do Apple II. Nos anos 80 foram desenvolvidos os RPGs Wizardry, jogos em primeira pessoa, ambientados em labirintos, por 2 fanáticos por D&D, Andrew Greenberg e Robert Woodhead.
Também no início dos anos 80, aquele que é considerado como “pai dos RPGs eletrônicos” começa sua jornada, Richard Garriott, produtor da série Ultima. Ultima era a melhoria aplicada de todos os RPGs existentes, baseado nas histórias de Senhor dos Anéis e Star Wars, com exploração e duelos por turnos, algo fantástico, porém, repudiado pelos pais, já que boa parte dos inimigos enfrentados era demônios e Ultima, possuía um certo grau de violência. Com isso, surgiu Ultima IV, um jogo baseado em escolhas em que o jogador deveria tornar-se o herói, cumprindo os objetivos e tendo atitudes nobres.
Sendo assim, no final dos anos 80 existiam 3 tipos de RPG, Wizardry (labirintos em primeira pessoa), Ultima (mundos a serem explorados) e Rogue Like ( labirintos de exploração que eram remodelados a cada restart).
No final dos anos 80, um programador japonês foi ao E.U.A e conheceu os RPGs em alta e decidiu aplicar esses conceitos e melhora-lo nos RPGs japoneses, com isso a Enix cria Dragon Quest para Nintendinho, um RPG de turno com conversas, exploração, batalhas e tudo com apenas 2 botões de ação, muito diferentes dos complexos controles dos RPGs para PCs. Vale lembrar que o “mestre” Akira Toriama estava na equipe desenvolvedora de Dragon Quest.
Oriente x Ocidente
Oriente
Franquias japonesas de RPG incluem Final Fantasy, Dragon Quest, Phantasy Star, Grandia, Lunar,Suikoden, Kingdom Hearts e Persona. O clima geralmente é de fantasia, em um mundo paralelo. Raras referências são feitas à cultura ocidental, a maior inspiração são Animes e Mangas. Também são comuns misturas de fantasia com ficção científica, como em Star Ocean, Phantasy Star e Final Fantasy.
Os personagens costumam ser bondosos e sérios, no estilo de animê. A história geralmente tem tom épico, com grandes lutas de bem contra o mal. Geralmente os jogáveis são humanos, e raramente pode se escolher a raça (sendo essas raramente estilo Tolkien, como anões e elfos). Os jogos costumam alterar o sistema a cada sequência, e os personagens começam no nível 1 e não costumam passar do nível 99.
Ocidente
No ocidente (norte-americano), os melhores exemplos de RPG são Baldur’s Gate, Diablo e Neverwinter Nights. Os jogos são mais góticos, com clima mais de horror. Os personagens são mais realistas, e as armas e equipamento são inspirados em objetos verdadeiros da Idade Média. Os personagens não costumam ser apenas bons ou maus e geralmente as tramas vão seguindo massacres com dificuldade para chegar ao final.
As raças mostradas no jogos são inspiradas em D&D e em J. R. R. Tolkien, com dragões, elfos, anões, etc., e o sistema de batalha é baseado em D&D, podendo até mostrar dados rolando.
O aumento de níveis não é tão rápido quanto o japonês (devido à baixa experiência conseguida em batalha), e alguns jogos costumam ter um limite de 6-8. Ao subir um nível, pode-se aumentar um atributo (defesa, ataque, velocidade).
RPG Maker
Você realmete é um fã de RPGs e gostaria de fazer o seu próprio?
Uma plataforma denominada RPG Maker possibilita isso de modo relativamente simples.
RPG Maker permite que os usuários criem seus próprios jogos de RPG e com algumas mudanças no sistema podem criar até outros tipos de jogos. Estes jogos são muitos similares aos populares jogos para Super Nintendo, a não ser que a imaginação do quem o utiliza, vá além dos recursos possíveis, criando efeitos inacreditáveis e surpreendentes, usando apenas o sistema permitido de 256 cores.
Neste programa o “programador” terá que ter um conhecimento mínimo para fazer algo mais do que um RPG extremante básico, mas é um ótimo inicio para produções próprias e é diversão garantida.
Algum RPG já comeu muitas horas de sua vida? Jogar é sempre um prazer, então tenho certeza que nenhuma dessas horas foi desperdiçada.
Um grande RPG que marcou minhas jogatinas e apresentou algo fantástico na Nintendo foi o Super Mario RPG, lançando em 09 de Março de 1996, foi o ultimo jogo da Square no Super Nintendo, fiquem com o trailer para apreciar o grande jogo.