Welcome stranger! Chegamos ao terceiro jogo dessa série que mostra a treta infinita entre céu e inferno, e no meio disso estão os quatro cavaleiros do apocalipse. No primeiro título seguimos Guerra mostrando como tudo começou, no segundo título a Morte nos mostra seu caminho e agora chegou a vez da Cólera. Partiu análise!
Narrativa
O equilíbrio está sendo partido, bem e mal, céu e inferno, está tudo em risco e essa trilogia está contando o esforço dos quatro cavaleiros do apocalipse que (pasmem) estão tentando pôr ordem no barraco. No primeiro título acompanhamos Guerra, na continuação foi a vez do Morte e agora no é a vez da Fúria.
Fúria ou Cólera como veio na tradução, é uma dos quatro cavaleiros do Apocalipse, e a mais fraca e menos preparada para o conflito, mesmo que sua personalidade diga o contrário. A protagonista no inicio se mostra indiferente e até arrogante com a situação de caos que se encontra o mundo.
A protagonista está na caça dos sete pecados capitais e terá de desbravar esse mundo desolado com monstros, capetas, mercadores e até humanos sobreviventes, sendo uma interação legal com Fúria fazendo com que a arrogante protagonista evolua e mostre um lado mais “humano”.
Os boss são sensacionais e o ponto forte do game, algumas das sacadas de gameplay deles valem muito apena, a história acaba sendo fraca, mas para os fãs do gênero e aqueles que já acompanham a trilogia, ela será satisfatória e bem divertida.
Os coadjuvantes tem alma e a interação de alguns deles com a Fury acaba deixando um pouco menos rasa a narrativa, e seu cavalo Rampage é o ápice do carisma das relações de Fury.
Estética
O game segue a estética dos antecessores e mantém seu estilo colorido e de personagens bem definidos, ombros largos e armaduras femininas com salto alto, muito parecido com as HQ’s dos anos 90, abusando de efeitos de cores e brilhos, esse sendo um dos fatores característicos da série que prende a atenção de quem joga.
Os inimigos e chefões seguem bem a estética do game, são muito bem elaborados e poderiam estar presentes em qualquer HQ do Spawn sem ninguém notar conflito de estética, um trabalho muito bem feito da Gunfire Games, desenvolvedora do game.
Gameplay
Vamos ao que interessa, o gameplay de Darksiders 3, afinal ninguém joga um Hack n Slash para saber de história. E é aqui que está o grande problema no game, o modelo de Hack n Slash habitual da série foi um pouco modificado, os inimigos das telas estão bem fortes e te matam com facilidade, o gameplay do game está com elementos de Souls like misturados com o de Hack n Slash, tornando essa mistura ineficiente.
Os dois modelos não convencem e misturam-se de forma desconexa, não sendo um total Hack n Slash e nem sendo um Souls Like, tornando o jogo meio travado e quebrando a imersão.
Os comandos estão bem polidos e uso do chicote é muito funcional, não sendo algo inovador nem que gere maiores comentários. Novas habilidades são desbloqueadas ao se avançar o título, mas de forma lenta e desregrada.
Os cenários são muito bem elaborados e contam com efeitos de luz e sombra muito bons, geralmente você se pega desbravando o cenário e ele responde à altura, sempre com passagens secretas e coletáveis para incentivar a exploração.
Som
Os efeitos especiais estão maravilhosos, muito bem trabalhados e dignos de você passar horas jogando ouvindo o ambiente, porém os personagens não convencem e suas vozes atuam com um ar mecânico que não passa os sentimentos necessários.
Veredito
O jogo é bom, não chega a ser uma obra-prima e para aqueles que são fãs da série e aguardam anos para saber o desfecho dessa jornada, o game será satisfatório, aos que curtem a estética e são apaixonados por Hack n Slash é uma ótima pedida, e também é um bom jogo de ação, para esses casos Darksiders 3 é recomendação certa.
O game foi lançado em 27 de Novembro para Playstation 4, Xbox One e PC. O jogo nos foi cedido pela nossa parceira GOG, você pode garantir a sua cópia clicando aqui.