Recentemente, vimos um anúncio misterioso que a Nintendo fará em Abril ou Maio sobre um novo game, e esta semana o adiamento de Zelda U. Se tem alguma coisa que mantém a Nintendo de pé nos últimos anos são suas franquias. Ainda que umas sejam mais exploradas do que outras, é fácil para os fãs da Big N, e até fãs de outras empresas, saber quais games se destacam ao longo das gerações. O que explica uma certa frustração dos fãs das antigas quando certos clássicos não dão as caras nos últimos anos.
Isso nos leva a uma curiosidade a se pensar: como a Nintendo consegue se manter de pé com marcas que não aparecem há um bom tempo? Smash Bros pode ser um bom exemplo, mas não vamos nos resumir a ele. Afinal, existe uma vastidão de games a serem explorados e reexplorados.
O Carisma na Simplicidade
Existe toda uma geração de gamers que não cresceu com os games da Nintendo, e chega a ser curioso quando questionam o porque desses “jogos para crianças” serem tão respeitados. Longe de saudosismos e nostalgias quanto aos tempos de Super Nintendo e N64, um dos pontos fortes de todas as suas franquias – sim, todas – é a simplicidade com as quais levam as jogabilidade e até mesmo enredo em determinados pontos. E tudo isso com uma qualidade ímpar.
Um excelente game que chegou para o Wii U. Mas cadê os outros dois? |
Repare as premissas de games como Mario, The Legend of Zelda, Pokémon ou mesmo alguns menos frequentes na Big N nos últimos anos, como Metroid e Star Fox. Todos possuem um objetivo muito claro (salve a princesa, livre Hryule do mal, capture todos os monstrinhos, acabe com o vírus de um planeta, derrote o cientista maligno, etc), simplório até, principalmente quando comparamos com estrondos da última geração, como The Last of Us, Red Dead Redemption e Mass Effect de outros consoles.
Contudo, o charme está justamente nessa simplicidade, que nos últimos anos, se transformou em algo sutilmente complexo à medida que seus jogadores imergem nos seus mundos fantásticos. É só ver em exemplos recentes como Mario Galaxy e sua narrativa em forma de livro infantil, que superficializa um gameplay inventivo como nunca antes no gênero plataforma; ou em The Legend of Zelda: Skyward Sword e sua narrativa tocante sobre a origem de Link e Zelda. E se você acha tudo muito infantilizado, é porque ainda não conheceu toda a trama de Metroid ou mesmo o antigo Earthbound.
Pode reclamar o quanto quiser. Mesmo com tantos jogos, Mario consegue se manter pela sua inovação a cada novo game. |
Nem sempre uma franquia precisa se tornar “séria” para ser boa. Basta ter boas ideias e meios de torná-las viáveis.
Quais franquias poderiam retornar?
Faz um bom tempo que não vemos franquias clássicas da Nintendo com todo seu auge além de Crossovers como Smash Bros ou pequenas referências em outros jogos. Na geração Wii, vimos o retorno de algumas (Metroid, Fire Emblem, Punch Out), mas a verdade é que ainda estamos longe de ver toda aquela gama de séries que fez da Nintendo o que ela é hoje. Para ilustrar meus pensamentos, penso em algumas séries que poderiam vir à tona nesse anúncio iminente. E já aviso: duas não são necessariamente da Big N, mas gostaria que voltassem da mesma forma.
Mother – Essa é uma já batida, uma vez que a própria Nintendo não parece interessada em um novo game ou numa versão ocidental de Mother 3, último game lançado para GBA. Mas se você pensar em como Earthbound, o mais conhecido por essas bandas, consegue se manter atual mesmo nos dias de hoje, vale a pena trazer a série de volta.
F-Zero – Faz falta um game de corrida no Wii U. Mario Kart 8 chegou com o pé na porta ao mostrar seus novos recursos, mas ainda assim é uma série já estabelecida e esperada em um novo console da Nintendo. F-Zero seria uma grata surpresa não apenas pelo seu diferencial em termos de gameplay e design, mas um desafio aos novos gamers. Quem não lembra da dificuldade absurda de F-Zero GX no Game Cube?
Eu quero porradaria nesse novo F-Zero! |
Wario World – Com uma homenagem hilária ao seu amigo de infância (sim, Wario é um bro de longa data do Mario), este jogo para Game Cube unia uma ideia original a boas sacadas de jogabilidade vindas diretamente de sua série de Game Boy, Wario Land. Seria muito legal ver tudo isso novamente no Wii U. E não fui muito com a cara de WarioWare Inc.
Top Gear – Como eu disse, faz falta um game de corrida no Wii U. E com Project Cars em constante adiamento, seria bem interessante ver a clássica franquia de volta entre os grandes. Mas quero falar mais dela em meu próximo artigo, aguardem…
Contra – Para os masoquistas e sedentos por desafio, estaria aí uma boa variação para os shooters da mesma forma que a série Souls tem sido para os apreciadores de RPG. Se você conhecer alguém que terminou Contra, dê-lhe os parabéns, pois é um homem ou mulher de respeito.
Podemos esperar novas séries?
Claro! Apesar da Nintendo ter dado alguns passos nos últimos anos – com o excelente Xenoblade e o vindouro Splatoon -, a Big N possui capacidade suficiente para trazer novas crias para sua biblioteca de jogos. E por mais otimismo que eu tenha, é melhor vermos com maior frequência, principalmente com o recente anúncio de sua plataforma NX. Com novos campos se abrindo, a Nintendo precisa, mais do que nunca, trazer novos ares para suas plataformas.