Depois de duas semanas fora, cá estou de volta. E dessa vez espero não ficar muito longe com tanto trabalho… Mas vamos ao que interessa.
Pode parecer impressão minha, mas a última Nindies@Night ocorrida essa semana me mostrou uma faceta dos indies da Big N que até então eu não tinha visto nem nela, nem em outras plataformas. Exceto pela Steam, que hoje é a plataforma mais propícia para novos desenvolvedores independentes testarem suas empreitadas, os games indie no evento em Seattle me mostraram algo especial.
Algo que talvez a própria Nintendo parece estar esquecendo aos poucos.
Super Indie Bros.
Um dos lançamentos que mais me chamaram atenção recentemente foi Runbow. Um crossover de plataforma com co-op de até 9 jogadores, reunindo diversos personagens de games Indie na Nintendo… No que pude acompanhar dos gameplays, ele não explora as particularidades de cada personagem convidado. Mas ainda sim, uma grande ideia.
Bom reconhecer boa parte desse pessoal. |
O que me chama atenção em empreitadas como essa, ou o recente anúncio do Amiibo de Shovel Knight (e altas expectativas de ver o personagem em SSB), é de que o espaço conquistado não por um ou outro game, mas por vários deles, mostram não apenas o espaço expressivo dos jogos independentes, seja na Big N ou em outras plataformas, mas o “fair play” entre elas.
Explico. Super Smash Bros reúne diversas franquias, mas todas dentro da mesma empresa, com eventuais convidados. Runbow, além de contar com personagens originais, também reúne personagens de desenvolvedoras muito distintas, seguindo um conceito que as grandes da casa insistem em não se preocupar: na livre disputa, quem ganha no final são os consumidores, pois os empreendedores procuram oferecer o seu melhor.
Fazendo o que eles não Fazem
Um exemplo não muito recente e outro vindouro também mostram como a Nintendo tem “dormido no ponto”. Citizens of Earth foi lançado a alguns meses com um gameplay, design e trama muito inspirado em Earthbound. E FAST Racing Neo remete ao que desejamos num novo F-Zero, e que pelo visto ainda irá demorar pra acontecer.
Não sei dizer quanto ao primeiro exemplo, mas a empolgação em boa parte dos jogadores, inclusive na façanha da Shin’en quanto ao poderio gráfico (rendendo boas piadas quanto uma certa desenvolvedora que odeia os jogadores da Nintendo…) é de que, por mais que Nintendo conte com um bom acervo de franquias, não sabe muito bem o que fazer com elas.
É como o subtítulo exprime acima. E chega ser curioso: é justamente em uma das plataformas tidas como tradicionalista e fechada, temos ideias fervilhando.
A Livre Disputa
O que tem sido muito proveitoso em perceber nos últimos exemplos de games Indie, seja nos jogos em si, seja na postura de boa parte de suas desenvolvedoras, é como o incentivo a livre disputa acaba oferecendo oportunidades valiosas para todos.
Vou pegar o exemplo de Runbow. Conheço a qualidade de games como Guacamelee, Shovel Knight, Stealth Inc. e Azure Strike Gunvolt. E até então, não conhecia games como Teslagrad e Steamworld Dig. A 13 AM ganha com seu próprio game, as demais desenvolvedoras ganham seu destaque e podem receber novos jogadores, e os próprios jogadores ganham mais opções de games.
Enquanto isso, muitos garotos novos só conhecem Ness e Captain Falcon de suas participações em Super Smash Bros… Abre o olho Nintendo.