Welcome stranger! Nesse especial falaremos da alma estética dos games (clássicos). A pixel art, uma forma de arte que com pouco faz muito e faz muita coisa linda, que desde os clássicos até nossos Indies atuais, cria uma forma de arte que nos emociona, constrói símbolos, emoções, personagens memoráveis que vivem na memória dos gamers e artistas do mundo todo.
WTF é pixel?
O pixel é definido como a menor unidade de imagem que pode ser expressa digitalmente. Normalmente são utilizados em formato de quadrado, mas existem exceções. Originário da época do bit lascado, os primórdios da internet. Seu uso em conjunto e criatividade pode criar as artes mais surreais e inspiradoras nos games.
O mínimo faz o surreal
A junção de diversos pontos digitais de múltiplas cores, muita criatividade e horas de esforço, proporciona obras de arte e animações que a mente humana não consegue acompanhar.
Na década de 70 surgiu o uso do pixel para criação de imagens e obras artísticas, mas o termo pixel art surgiu somente nos anos 80. O uso de milhares de pixels para criar movimento e personagens mil. Sendo esse um caminho sem volta, em exponencial na indústria de games.
Muito se debate, polemiza sobre a pixel art ser arte de verdade, tendo defensores acalorados dos dois lados, gerando até uma homenagem/crítica em uma das aberturas dos Simpsons, claro que feita totalmente e magistralmente em pixel.
A influência dessa estética é visível na sociedade ocidental pela estética e pelo nerd way of life estar em alta (Bazzinga). Saindo das telas e monitores, muitos artistas contemporâneos se inspiram na pixel art e levam ela para o dia-a-dia.
A pixel art na Terra Brasilis
O debate é longo, mas não podemos negar que a pixel art faz parte do inconsciente coletivo da população, criando e recriando tendências, como é visto em obras de arte contemporâneas (ou não), criando novas perspectivas e mostrando que o pixel veio para ficar.
Existem diversos exponenciais da pixel art no mundo todo, desde Derek Yu, Akira Nishitani, Akira Yasuda e diversos outros. E claro que nós brasileiros não ficamos atrás, temos nossas lendas aqui na Terra Tupiniquim, lendas da velha guarda e novos e promissores artistas. A seguir mostraremos alguns mestres dessa arte e sua história.
Raul Tabajara e o Sonic Brasileiro
Raul Tabajara um profissional com 20 anos de carreira na criação de jogos, com participação em games da SEGA e NINTENDO, e claro, com seu próprio estúdio o Carranca Games.
No lançamento do Mega driver 3, a Tectoy contratou o artista Raul Tabajara para criar a arte do ouriço azul para o console. O trabalho foi muito bem aceito pela Sega e pelo público geral.
O artista continua firme e forte na área da pixel arte, com games renomados como o hilário Masmorra da tortura. Não sendo somente artista mas também ajudando e transmitindo sua arte, ensinando a galera através de um canal no youtube o Ilustradicas.
Alexandre Pagano e turma da Mônica no Castelo do Dragão.
Umas das empresas mais Badass em games brasileiros dos anos 90 foi a Tectoy, que encarou um mercado complexo e arriscado e nos trouxe maravilhas para o solo tupiniquim. Todo o legado da Tectoy (Muito obrigado!), será contado com detalhes em um especial.
Além de trazer conteúdo para nós, a Tectoy modificou conteúdo para os gamers. O caso mais conhecido é a adaptação de Wonder Boy in Monster Land que virou Mônica no castelo do Dragão.
O Wonder boy teve seus pixels adaptados e refeitos para ganhar a turma da Mônica e uma história inédita. Toda a arte feitai pelo Alexandre Pagano, um veterano no design e trabalho de pixel art, uma adaptação maravilhosa, que torna-o uma lenda para os gamers e fãs da turminha criada pelo Mauricio de Souza.
Claro que nossos artistas não pararam no tempo. Temos exponenciais na pixel art, criando e inovando na área, muitos no Brasil e por todo o mundo. Que mostraremos nas próximas edições desse especial.
Na segunda parte continuaremos falando sobre pixel art, e o foco será nossas artistas que cada dia mais estão ocupando seu merecido espaço nessa arte.